O assunto ‘tamboreras’ é cada vez mais visível. Um contraponto com a invisibilidade que por tantos anos se fez presente no universo percussivo, maioritariamente masculino até os dias de hoje, ano 2021. A assimetria vai aos poucos ganhando o centro da discussão e, ainda que o equilíbrio esteja longe, aquela parte oculta da história vai
vagarosamente sendo documentada.
As Caixeiras do Divino do Maranhão (BRA) são uma exceção à regra, já que não é comum ver mulheres tamboreras nas tradições afro-brasileiras. A história delas está documentada no livro/filme “Umas mulheres que dão no couro”, lançado pela Editora Empório em 2006. A obra é assinada pela historiadora Marise Glória Barbosa, percussionista nascida em Anápolis, Goiás. Em busca de escarafunchar respostas para a pergunta “Mas por que as mulheres não podem tocar tambor ritual?” Marise percorre 16 municípios maranhenses colhendo entrevistas e registros de imagens dos cantos, versos e toques das Caixeiras. Encontra-se com várias gerações de mulheres, procuradas para traduzir um ritual que permanece forte e que não perde sua delicadeza e forma de louvar aos santos.
“Mulheres que dão no Couro” pode ser encontrado na estante virtual: https://www.estantevirtual.com.br/livros/marise-barbosa/umas-mulheres-que-dao-no-couro/730997298
Ouça a entrevista de Marise no programa “Tirando de Letra” da UNBTV
Parte 1: https://youtu.be/RDZXyQ8bT0E
Parte 2: https://youtu.be/Q98Jjz6zecA