MALTA “Encontro de Redes” é um encontro inédito entre tamboreras latino-americanas que tem o objetivo de potencializar o trabalho de artistas já consolidadas e ampliar redes em estruturação. Para valorizar movimentos de disseminação do conhecimento percussivo por meio de mulheres tamboreras, a MALTA lança em Setembro de 2021 uma plataforma que mapeia a presença de tamboreras pelo mundo, e realiza um ciclo de entrevistas e workshops. O projeto é aprovado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e tem patrocínio da Natura Musical.

09 a 23 SET
Sempre às 19h (BR)
Nosso encontro começa com a oportunidade de ver e ouvir 14 tamboreras que fazem da música percussiva seu motor de transformação do mundo. Um espaço para que tamboreras de diversas partes da América Latina se conectem, se conheçam e possam interagir, trocando conhecimento, experiências, inspirando e ampliando essa rede. Uma conversa despretensiosa sobre a trajetória destas mulheres e a realidade em que cada uma delas está inserida. Nos vemos no Instagram da MALTA, de 09 a 23 de Setembro, sempre às 19h00 (BR).

quinta, 09 Set

Fernanda Bértola + Júlia Tizumba

Fernanda Bértola é cantora e percussionista. Tem formação aprofundada na percussão afro-cubana e no candombe uruguaio. Fernanda conversa com Júlia Tizumba, cantora e percussionista que aprendeu a tradição de congados e moçambiques mineiros com seu pai e trouxe para seu canto autoral esta experiência.

terça, 14 Set

Orito Cantora + Nãnan Matos

Orito é cantora, compositora, pesquisadora e luthier de Barranquilla. A artista, que descende de Momposinos, faz das suas canções e da sua liderança de gênero, com a “Red de Tamboreras” da Colômbia, uma missão para fortalecer e resguardar o conhecimento dos ritmos, e instrumentos artesanais colombianos. Orito conversa com Nãnan Matos, tamborera manancial do elo África-Brasil, que concretiza em seu corpo a ancestralidade para a traduzir em multiplicidade musical. Há 15 anos a artivista e arte-educadora compõe a cena brasileira com projetos artísticos de resgate, explosão, energia, dança, batuque e multilinguagens. É idealizadora do Festival Online de Mulheres #BrasíliaSomosNós e fundadora do grupo “Foli Ayê” e do bloco “É de Nãnan”.

quarta, 15 Set

Paloma Pereira + Poliana Tuchia

Paloma Pereira é musicista e pesquisadora da área da pedagogia, com experiência nos campos da percussão corporal, música afro-peruana, construção de instrumentos reciclados, teoria musical e prática de conjunto. Paloma conversa com Poliana Tuchia, co-fundadora da Malta, professora e pesquisadora da palavra e do universo percussivo na improvisação cênico-musical.

quinta, 16 Set

Lenynha Oliveira + Jenn Del Tambó

Lenynha Oliveira tem os pés no ritual e as mãos no carnaval. Percussionista há mais de vinte e cinco anos, tocou com grandes nomes, como Daniela Mercury, Claudia Leitte e banda “As Meninas”. Lenynha conversa com Jenn del Tambó, percussionista virtuosa e premiada de Barrancabermeja. Uma mulher que tem na (p)alma de sua mão cada toque dos ritmos afro-caribenho-colombianos, e que, com esta força, fundou a “Red de Tamboreras de Colombia”.

terça, 21 Set

Josy.Anne + María Paz Videla

Josy.Anne é grito que reverbera longe. Multiartista dos tambores de Minas, traz a ’arma-palavra’ em suas composições e o tambor como extensão da ancestralidade da sua voz. Josy conversa com María Paz Videla é percussionista versátil, diretora musical da “Avalancha”, grupo chileno de percussão com senhas. Vai dos tambores da África do Oeste à linguagem de improviso da percussão com senhas, do afro-latino a world music, passando pelo folk.

quinta, 23 Set

Bela Leite + Vivi Pozzebón

Co-fundadora da MALTA, Bela Leite é  percussionista, gestora, produtora e brincante da cultura popular brasileira. Transita entre a dança e a percussão, com entusiasmo especial pela cultura Mandén. Bela conversa com Vivi Pozzebón, investigadora dos ritmos argentinos, criadora de vários projetos feministas, tais como: “Tamboreras – Mujeres al Tambor” e “Tamboreras Ensamble” e entrevistadora do filme documentário “Madre Baile”, que traz à luz as origens etno-musicais da música de Córdoba, o cuarteto.

09 a 19 SET
Sextas-feiras às 17h (BR) . Sábados às 14h e 17h (BR) . Domingos às 14h e 17h (BR)

sexta, 10 Set

Canto Rítmico Ancestral Africano

O objetivo principal é desenvolver a consciência negra por meio do canto rítmico ancestral africano, possibilitando o fortalecimento das identidades negras e a sensibilização de não negros à sua compreensão. Sendo assim, a proposta será resgatar cantos selecionados pelas participantes e pela facilitadora que tenham um significado ancestral. Isso acontecerá por momentos de reflexão, pela voz e pelas manifestações artísticas das populações de matriz africana, além de exercícios técnicos de respiração e fisiologia da voz e prática de arranjos vocais junto aos exercícios de improvisos rítmicos. A ideia é potencializar o alcance de novas sensações, resgatar memórias melódicas que codificam a identidade de cada participante e frutificar novas formas desse resgate da identidade da voz e do ritmo dentre es participantes. “O nosso corpo é uma grande caverna acústica repleta de sons de toda a natureza. As gravações da nossa orquestra interna são surpreendentes em sua variedade de timbres e riqueza de intervalos sonoros. A música está imbricada em cada fractal físico e energético de nosso conjunto humano. Então, a utilização da voz e do canto permite um acesso mais ressonante e arquetípico ao inconsciente, pois a voz e o canto saem das profundezas do ser humano. A pessoa pode entrar em catarse e acessar memórias remotas trazidas pela sua própria voz, pelo seu próprio som que pode estar vindo de trezentos milhões de anos atrás”.

Vagas
30 a 50

Nãnan Matos (BR)
Tamborera manancial do elo África-Brasil, Nãnan Matos concretiza em seu corpo a ancestralidade para a traduzir em multiplicidade musical. Há 15 anos a artivista e arte-educadora compõe a cena brasileira com projetos artísticos de resgate, explosão, energia, dança, batuque e multi-linguagens. É idealizadora do Festival Online de Mulheres #BrasíliaSomosNós e fundadora do grupo “Foli Ayê” e do bloco “É de Nãnan”

sábado, 11 Set

Tambores do Caribe Colombiano

Esta oficina se baseia em uma série de exercícios apoiados na seguinte metodologia:
1. Canções, onomatopeias, palavras técnicas das diferentes regiões do Caribe colombiano.
2. Os exercícios vocais são levados ao corpo na forma de percussão corporal.
3. Descrição dos instrumentos de percussão: tambor alegre, tambora, llamador e maracas.
4. Aquecimento corporal, explicação da postura e das diferentes técnicas para lidar com as batidas do tambor alegre, tambora, llamador e maracas.
5. Execução dos ritmos nos referidos instrumentos e respectivas canções tradicionais.

 

Vagas

30 

Oficina exclusiva para mulheres cis, trans e pessoas não binárias.

 

Jenn Del Tambó (COL)

Jenn del Tambó é percussionista virtuosa e premiada de Barrancabermeja. Tem na (p)alma de sua mão cada toque dos ritmos Afro Caribeños Colombianos. Começou sua formação musical ainda jovem e trabalha incansavelmente para desenvolver projetos de apoio à comunidade e ao empoderamento das mulheres. Jenn é também a fundadora da Red de Tamboreras, um coletivo de mulheres percussionistas.

 

Orito Cantora (COL)

Orito é mestra na arte de hipnotizar sementes. Cantora, compositora, pesquisadora e luthier de Barranquilla, a artista, que descende de Momposinos, faz das suas canções e sua liderança de gênero com “La Red de Tamboreras” da Colômbia, uma missão para fortalecer e resguardar o conhecimento dos ritmos, e instrumentos artesanais colombianos.

sábado, 11 Set

Percussão Afro-peruana

O cajón afro-peruano é um dos instrumentos mais representativos da música dos povos originários do Peru e é considerado patrimônio cultural da nação pelo governo. É um dos símbolos da rica herança multicultural do país. Utilizando uma metodologia simples, prática e vivencial, cada participante terá acesso às histórias e aos ritmos ligados às regiões por onde passam as origens do cajón, seus conceitos, conteúdos e prática.

 

Paloma Pereira (PER)

Paloma Pereira é músicista e pesquisadora da área da pedagogia, com experiência que aborda os campos da percussão corporal, música afro-peruana, construção de instrumentos reciclados, teoria musical e prática de conjunto. Desenvolveu um método de ensino adequado à iniciação musical, atuando em escolas e projetos independentes. Seu cajón faz soar Landó, Marinera, Zamacueca y Festejo com sabor psicodélico genuíno.

domingo, 12 Set

Voz Tambor

A oficina estimula nos viventes a consciência do ‘corpo-voz’ e propõe-se despertar as muitas vozes que nos atravessam. Nosso corpo é nosso tambor. O canto traduz a expressividade desse corpo tambor que comunica seu reino, seu ‘EU’. Cada corpo tambor tem seu sotaque, seu timbre, sua história, sua cor.

 

Josy.Anne (BRA)

Josy.Anne é grito que reverbera longe. Multiartista dos tambores de Minas, traz a Arma-palavra, e o tambor como extensão da ancestralidade da sua voz.

domingo, 12 Set

Formas de percussão chilena no cajón e no pandeiro chileno

Neste workshop revisaremos algumas dicas para tocar o ritmo da “cueca chilena” em um instrumento tão versátil como o cajón, que nos permitirá desenvolver desde sua célula rítmica, um padrão básico, suas variações e alguns enfeites para apimentar esse ritmo. Veremos também padrões de técnica e acompanhamento do pandeiro chileno, instrumento característico do conjunto tradicional deste ritmo.

 

María Paz Videla (CHL)

María Paz Videla traz a versatilidade de uma percussionista completa. Vai dos tambores da África do Oeste à linguagem de improviso da percussão com senhas. Cria caminhos sonoros, criativos e colaborativos. Formada em produção musical e bacharel em artes musicais, hoje desponta como uma artista versátil dentro do ecossistema musical, destacando-se como percussionista com forte cunho afro-latino, folk e world music.

sexta, 17 Set

Percussão Baiana

Esta oficina apresenta como base os grooves de rua da cidade de Salvador da Bahia e as linguagens dos tambores utilizados na sua execução. Serão apresentadas técnicas, ritmos, exercícios, claves, dicas e intenções rítmicas, além características da percussão afro-baiana. O repertório varia entre as músicas de Salvador e de artistas consagrados da MPB. Não é necessário ter instrumento para participar. As pessoas interessadas poderão utilizar objetos como garrafão de água, balde, panela, mesa, banco etc.

 

Oficina aberta a todas as pessoas maiores de 16 anos.

 

Lenynha Oliveira (BR)

Lenynha Oliveira é axé, groove e swing com os pés no ritual e as mãos no carnaval. Percussionista há mais de vinte e cinco anos, suas primeiras influências foram dos blocos afros de Salvador. Tocou com gandes nomes como Daniela Mercury, Claudia Leitte e banda “As Meninas”. É produtora da Tabuleiro Musical e endorser da Contemporânea Instrumentos Musicais.

sábado, 18 Set

Tambor Mineiro

A oficina visa difundir a cultura afro enraizada em Minas Gerais, objetivando despertar o interesse do público pelas raízes da cultura afro-mineira e brasileira. Sendo o congado uma manifestação de cunho cultural religioso, com mais de quatro séculos de existência, com representatividade forte em vários estados brasileiros, é de suma importância a sua divulgação e valorização, uma vez que traz consigo muito da história do Brasil e da cultura de seu povo.

Fundamentado nesta importância, o multiartista e congadeiro Maurício Tizumba idealiza a oficina “Tambor Mineiro”, hoje também ministrada por sua filha Júlia Tizumba, que consiste na transmissão de alguns conhecimentos do congado mineiro a partir de um processo essencialmente prático. São ensinados e vivenciados com os participantes os cânticos, passos de dança e ritmos (moçambique serra cima, moçambique serra abaixo, marcha grave e congo), utilizando as caixas de congado, gungas e patangomes como instrumentos de percussão.

 

Júlia Tizumba (BRA)

Júlia Tizumba é linha que costura a tradição de congados e moçambiques mineiros à renda da música autoral no canto, na palavra e na gunga do corpo. Nascida em Belo Horizonte, cantora, percussionista, atriz e jornalista, Júlia integra a “Companhia Burlantins” e o “Coletivo Negras Autoras”, atuando como compositora, cantora e instrumentista. Já integrou o elenco dos musicais: “Elza”, “O Frenético Dancin Days” e “O Negro, a Flor e o Rosário”.

sábado, 18 Set

Candombe Uruguaio

Esta oficina tem o objetivo de apresentar o ritmo candombe uruguaio utilizando a voz e o corpo para explicar e experimentar as diferentes frases dos tambores.

Metodologia: 

– Introdução à história do candombe, breve resumo das suas origens.

– Explicação das diferentes bases de cada tambor, primeiro no corpo ao lado da voz e depois com tambores e claves.

– Montagem de ritmo.

– Incorporação do canto ao ritmo: a canção do candombe e como acompanhar uma canção com o candombe.

 

Fernanda Bértola (URY)

Fernanda Bértola é cantora e percussionista. Iniciou seus estudos de percussão em Gotemburgo (Suécia) aos 18 anos e aos 22 anos foi para a cidade de Havana, onde estudou percussão afro-cubana, harmonia e dança no CNSEA Havana (Cuba). Retornou ao Uruguai, onde iniciou seu aperfeiçoamento no Candombe. É professora que aprende para ensinar e ensina para aprender. Do Batá de Cuba ao Candombe do Uruguai.

 

domingo, 19 Set

CANTO e PERCUSSÃO de Ritmos Argentinos: Baguala, Vidala y Chacarera

Este workshop apresenta o contexto histórico geográfico dos três ritmos, suas formas musicais e diferenças estilísticas, a partir dos instrumentos de percussão com os quais são acompanhados, caixa bagualera e bumbo legüero, serão trabalhados:

– Preparação da voz para o canto típico.

– BAGUALA: forma de canto ancestral da Argentina e Bolívia, seus diferentes dísticos e como é acompanhada com a caixa. Exercício prático de canto e toque.

– VIDALA: diferença em relação à baguala, sistemas melódico e dísticos mais ligados ao espanhol, ritmo mais marcado. Exercício prático de canto e toque.

– CHACARERA: dança folclórica argentina, ritmo em tambores e sinos, forma e diferentes tipos de chacarera. Cantamos e tocamos bumbo. Polirrítmico 3/4 e 6/8, relação com outros ritmos afro-americanos, como a festa peruana e o bembé afro-cubano. Festa final de sequência de toadas com todes participantes.

 

Vivi Pozzebón (ARG)

Na música de Vivi Pozzebón, estão presentes o folclore argentino e afro-caribenho, a música regional e mundial, a vitalidade do ritmo tradicional e a força do pulso urbano. Na última década, ela criou e realizou vários projetos feministas, tais como: “Tamboreras – Mujeres al Tambor” e “Tamboreras Ensamble”. Em 2020, Vivi desenvolveu a sua faceta como entrevistadora e investigadora, trazendo à luz as origens etno-musicais da música popular da sua cidade, o cuarteto, a partir do lançamento de seu doc. “Madre Baile”, em homenagem a Leonor Marzano, pianista do “Cuarteto Leo”. O filme visibilizou a artista como a criadora do tunga-tunga cordobês (onomatopeia do ritmo do Quarteto com muito pouca presença feminina).

 

sábado, 25 Set

Odile Gakire + Chaya Vazquez

Uma conversa com Odilé Gakire Katese, ou Kiki, como prefere ser chamada. Criadora do grupo de percussão Ingoma Nshya e co-autora do “Livro da Vida”, Kiki compartilha sua jornada como sonhadora profissional. Ao longo de sua carreira esteve envolvida com inúmeros projetos, com o objetivo principal de trazer as vozes femininas de Ruanda para o primeiro plano. Kiki fundou o primeiro grupo profissional de mulheres num país onde elas estavam proibidas de tocar tambor.

domingo, 26 Set

Mujeres en el Universo Percusivo

Um compartilhamento das ideias que permearam o laboratório de criação ‘MALTA encontro de redes’, conduzido por Odilé Gakire, com a participação de 13 tamboreras latino-americanas. Uma conversa sobre a construção de redes de tamboreras, sobre a criação de oportunidades para mulheres na indústria das artes e sobre os aspectos transformadores do tambor.

Um encontro entre a mestra ruandesa Odilé Gakire Katese, a Kiki, e 13 tamboreras latino-americanas. Um espaço dedicado à prática artística, à troca de experiências e à reflexão sobre as ações de multiplicação das redes de mulheres tamboreras no mundo.