Realizações
O cenário é Belo Horizonte/MG/BR – cidade-sede das fundadoras e gestoras da rede MALTA – Mulheres da América Latina pelo Tambor. Uma cidade com um histórico de representatividade de mulheres percussionistas com grande destaque na cena musical nacional e, consequentemente, um papel expressivo no crescimento e fortalecimento do carnaval de rua – e de luta – da cidade, desde 2009 até a data atual. Chaya Vazquez, Bela Leite e Poliana Tuchia, fundadoras da MALTA, são parte da construção do percussivo feminino em Belo Horizonte. Têm em sua trajetória estudos e vivências com mestres, mestras e protetores(as) de culturas tradicionais e multiplicam os conhecimentos adquiridos ao longo de mais de quinze anos de pesquisas nos seus coletivos, grupos e bandas. Isso se intensifica no período do carnaval. Seja como regentes, como professoras, ou promovendo intercâmbios culturais entre as mulheres MALTA.
Ao fundarem esta rede, no final de 2016, Chaya, Bela e Poliana construíram a possibilidade de conexão entre mulheres que usam o tambor como ferramenta cultural, profissional, de aprendizado, política e de posicionamento social. A rede vem crescendo, se ampliando, gerando resultados de pesquisas e percepções sobre a mulher, o tambor, o feminino e as lutas por meio da música e da percussão.
Atualmente essa teia já conectou diretamente algumas dezenas de tamboreras na América Latina, despertando a força, a interação, diversos aprendizados, o fortalecimento profissional e ações coletivas em prol do protagonismo de mulheres na música. Queremos que sejam milhares. Onde há uma tamborera, há também uma força de resistência e uma luta de enfrentamento às bases estruturais que a condicionam a papéis de subalternidade e limitam sua função ao “lugar de mulher” na sociedade na qual ela está inserida.
Conheça as realizações da MALTA desde a sua fundação: